Metade dos portugueses sofreu uma tentativa de cyber ataque no último ano

Mais de 16 mil milhões de credenciais foram expostas nos primeiros seis meses do ano, representando a maior fuga de dados já registada. Os jovens entre os 25 e os 34 anos são os mais afetados em termos de volume, mas são os maiores de 60 anos que acabam por perder mais dinheiro.

O roubo de credenciais, o uso de deepfakes para usurpação de identidade e os fraudes personalizados impulsionados por inteligência artificial estão a mudar o panorama da cibersegurança. É o que ressalta a Stratesys, que alerta para a evolução das técnicas de fraude digital e o impacto crescente sobre utilizadores e empresas.

Segundo um relatório da CyberNews, recentemente divulgado, nos primeiros seis meses de 2025 registou-se a maior fuga de dados da história — com mais de 16 mil milhões de credenciais expostas. “Já não se trata apenas de e-mails mal escritos ou de supostas ofertas irresistíveis: agora estamos a falar de deepfakes, áudios com imitações perfeitas de diretores ou familiares, ou de malware inteligente e silencioso. O risco aumentou e a proteção também deve aumentar”, explica Tiago Lopes Duarte, diretor da Stratesys, em Portugal.

As novas armas da fraude digital

Segundo os especialistas de cibersegurança da multinacional espanhola líder em consultoria tecnológica, com forte presença no nosso país, os atacantes recorrem cada vez mais a ferramentas de IA generativa para lançar campanhas de engenharia social hiperpersonalizadas — como phishing avançado, áudios ou vídeos falsos de familiares ou chefes (“fraude do CEO”) — ou para desenvolver malware capaz de aprender e evitar os sistemas de segurança tradicionais.

A estas ferramentas, juntam-se técnicas como o roubo de tokens de sessão (Cookie Bite) ou o uso de infostealers silenciosos que capturam credenciais diretamente nos navegadores.

Segundo os especialistas da Stratesys, os ataques não são apenas mais frequentes, mas também muito mais complexos. E no que toca a faixas etárias os jovens entre os 25 e os 34 anos são os mais afetados em termos de volume de tentativas de fraude, mas são nos maiores de 60 anos que incidem as perdas económicas mais significativas.

Cultura de cibersegurança: a melhor defesa

Já não basta ter um antivírus instalado ou a melhor tecnologia de proteção em contextos empresariais — as pessoas também precisam de aprender a detetar sinais de alerta, desconfiar de pedidos urgentes e estabelecer protocolos de verificação com colegas e familiares, como perguntas-chave ou palavras-passe combinadas. Denunciar é essencial para ativar mecanismos legais e prevenir que os atacantes fiquem impunes.

“Na era da IA, a cibersegurança não é apenas uma questão tecnológica, é uma responsabilidade partilhada entre empresas, colaboradores e cidadãos. Na Stratesys ajudamos os nossos clientes a antecipar riscos com soluções inteligentes e com uma cultura sólida de prevenção”, afirma Tiago Lopes Duarte.

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