MARKETING METAVERSO E EXPERIENCIAL: 7 APLICAÇÕES QUE JÁ SÃO UMA REALIDADE

/Boost, a unidade especializada em estratégia e marketing digital da consultora tecnológica Stratesys, elaborou uma lista de aplicações desde o metaverso até ao marketing experiencial que já são verdadeiramente exequíveis e mensuráveis.

Novos caminhos no marketing de conteúdo e de  influencers, uma mudança de paradigma no modelo de pesquisa ou um impulso no d-commerce (comércio descentralizado) são algumas das vias exploradas.

O modelo de ligação 360º para o qual as marcas estão a caminhar passa por conectar  realidade física e realidade digital a dois níveis: da experiência e do negócio.

Desde que Mark Zuckerberg o anunciou em Outubro, a discussão em torno do metaverso e as suas possibilidades não pararam de crescer. De momento, o grosso do debate está reduzida a isso: às possibilidades, à teoria.

Estudos de mercado sugerem que 70% das marcas terão dentro de 5 anos, de uma forma ou de outra, uma presença no metaverso. O modelo de conexão 360º para o qual caminham implica a conexão entre a realidade física e a realidade digital a dois níveis: experiência e negócio. A realidade que já está a ganhar forma nos próximos anos – pagar para enriquecer a experiência em ambientes digitais – leva a que o primeiro tenha uma certa vantagem sobre o segundo. A /Boost, a unidade especializada em estratégia digital e marketing da consultora tecnológica Stratesys, elaborou uma lista de aplicações desde o metaverso até ao marketing experiencial que já são verdadeiramente exequíveis e mensuráveis, e com as quais já começou a trabalhar com os seus clientes.

  • Upgrade de eventos em tempo real: dar a um evento físico uma dimensão digital, quer para desfrutar de uma atuação ao vivo de um músico que se encontra em remoto, quer para comprar um produto digital (exposições de arte ligadas ao evento).
  • Estratégias de posicionamento: O atual paradigma das pesquisas de produtos, com a proeminência da voz e do texto, poderá mudar para uma maior relevância do posicionamento visual. A pesquisa visual é uma forma de pesquisa de conteúdo em que as imagens são utilizadas como imput em vez de texto. Assim, um utilizador pode carregar uma fotografia, uma captura de ecrã ou qualquer imagem genérica para um motor de busca visual para encontrar conteúdos relacionados.
  • Ações promocionais: de novo integrando os 2 mundos. Um caso de uso comum é a utilização de códigos promocionais resgatáveis no mundo real e vice-versa (gerados em ambiente físico e resgatáveis na plataforma).
  • Content marketing: desenvolvimento de ações específicas ligadas aos novos conteúdos virtuais e ao seu consumo por diferentes tipos de utilizadores.
  • Influencer marketing: já existem empresas que gerem a relação das marcas no metaverso com os influenciadores digitais que terão o seu “gémeo virtual” para servir as necessidades destas marcas. Quando exista uma audiência significativa, este será um modelo comum.
  • Campanhas ad hoc: mais uma vez, os algoritmos desempenharão um papel fundamental na conceção da publicidade no metaverso. Mas numa primeira instância, o aparecimento de anúncios e banners integrados na experiência será a norma.
  • d-commerce strategies (comércio descentralizado): no final, o metaverso será uma nova arena para o d-commerce. Poderemos adquirir serviços e produtos diretamente na plataforma/experiência sem necessidade de ser redirecionados para uma plataforma de compras típica.

Nikeland Roblox: um exemplo que abriu precedentes

Para compreender quantas destas aplicações funcionam na prática, podemos olhar para Nikeland, a experiência imersiva que a Nike criou na plataforma Roblox em 2021. A marca ofereceu uma experiência digital imersiva com itens virtuais capazes de a enriquecer (existe um kit de ferramentas com o qual os utilizadores podem criar os seus próprios mini-jogos).

Além disso, ligou o ambiente digital à vida real, promovendo o movimento físico, recolhido através de hardware para completar a experiência virtual.  Por outro lado, ofereceu um novo modelo de consumo: D2A (Direct-to-Avatar) com um showroom digital com produto Nike para o seu avatar. E, mais uma vez, passou do virtual para o físico, trazendo a experiência Nikeland para a sua ” Nike’s House of Innovation’ ” através da realidade aumentada.

“Neste momento, na /Boost by Stratesys, sentimo-nos mais confortáveis a explorar o desenvolvimento de experiências em ambientes e projetos controlados, onde não nos deparamos com as ainda muitas lacunas legislativas existentes (aplicação de blockchain, NFTs, privacidade, data mining, etc.), e a aproveitar modelos de parceria com programadores que desde há muito tempo têm vindo a conceber plataformas e ambientes de interação digital”, explica Zahira Tomasi, Diretora Associada de Estratégia Criativa da /Boost.